Gerenciar ambientes de infraestrutura de tecnologia atualmente é um desafio que vai além de manter o parque de servidores e desktops funcionais e disponíveis na maioria do tempo. É certo que nosso planeta está em colapso e em momentos como este qualquer pequena atitude dentro da empresa contribui, sem dúvida nenhuma, para minimizar os danos que a tecnologia da informação causa ao meio ambiente.
A cultura empresarial existente na área de infraestrutura de tecnologia deve ser alterada de modo que desperdícios sejam contidos e custos sejam reduzidos. Como exemplo, podemos citar que na maioria das empresas a infraestrutura de tecnologia é dimensionada muito além das necessidades reais. Isso se deve à falta de alinhamento entre as equipes de desenvolvimento de software, negócios e infraestrutura de tecnologia, o que acarreta um sizing inadequado de servidores e de espaço para armazenamento de dados entre outros.
Quando falamos em “TI Verde” aplicada na administração de redes de computadores logo pensamos em quais melhorias podem ser feitas no datacenter para reduzir o consumo de energia elétrica e dissipação de calor, porém “TI Verde” é muito mais do que isso. A prática de “TI Verde” envolve, dentre diversos outros itens, os seguintes:
- Redução de Consumo de Energia Elétrica;
- Redução de Dissipação de Calor;
- Redução de Impressões;
- Forma de Administração de Servidores e Desktops;
- Descarte inteligente de lixo eletrônico;
- Mudança cultural dos usuários;
- Escolha de fornecedores;
A “TI Verde” pode também ser praticada sem a necessidade de grandes investimentos. Quando falamos em redução de energia elétrica, podemos utilizar tecnologias de virtualização de servidores para este fim, porém podemos também implantar uma política onde servidores que não são utilizados durante os finais de semana sejam desligados e voltem a operar somente na 2ª feira pela manhã. Esta prática também contribui para a redução da dissipação de calor.
É possível também reduzir a quantidade de impressões que a empresa realiza através da implantação de políticas de impressão. Utilizar senhas em equipamentos de impressão e revisar a quantidade e a periodicidade de geração de relatórios são passos simples que trazem grandes benefícios ao meio ambiente e à empresa. Aquele costume de levar uma impressão para cada participante da reunião está ultrapassado e não faz o menor sentido, ainda mais quando a sala de reunião possui um projetor.
A conscientização dos administradores de servidores e de desktops é de suma importância, pois através de configurações simples realizadas pelos administradores é possível reduzir o consumo de energia elétrica com desligamento de monitores e discos rígidos após certo período de inatividade. Servidores e desktops que não são mais úteis para a empresa devem ser descartados de forma responsável. Isso é possível através de parcerias com entidades que são especializadas no assunto.
A mudança cultural dos usuários através de uma campanha eletrônica informativa é essencial. A cada dia, os usuários exigem desktops e notebooks com maior capacidade de processamento, disco e memória, porém devemos nos perguntar o quanto destes recursos é utilizado. Arrisco responder 30%.
Quando falamos em “TI Verde” a escolha de fornecedores também é essencial. Faz parte da prática verde selecionar fornecedores que possuem em sua política de produção ou prestação de serviços ações que contribuem para o meio ambiente. Desta forma também se contribui para montar um ciclo de parceiros e fornecedores que praticam a “TI Verde” e a tendência deste ciclo é se tornar cada vez maior.
Com atitudes responsáveis, simples e de baixo custo é possível melhorar o meio ambiente e reduzir o desperdício na empresa. Muitas empresas utilizam essa redução de custos para investir em projetos sociais. Infraestrutura de tecnologia perdulária não deve fazer mais parte dos ambientes corporativos.
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