A Computação nas Nuvens e a Virtualização vem contribuindo consideravelmente para a TI Verde. Neste artigo abordamos o conceito de Cloud Computing e de Virtualização, os benefícios dessas práticas e como elas podem contribuir para a TI Verde considerando vários aspectos em Servidores, Desktops, e Aplicações.
Cloud Computing
O que é Cloud Computing (Computação nas nuvens)? Cloud Computing é o conceito simples de transferir para a “nuvem” os mesmos dados, serviços e aplicativos que atualmente estão parados nos computadores ou servidores de TI, colaborando dessa forma para a propagação da “TI Verde”. Contudo, essa “nuvem” não está no céu, trata-se de uma rede de servidores em todo o mundo, cada um deles detendo fragmentos de informações, os quais se juntam apenas quando se entra no sistema.
O conceito de Cloud Computing pode ser considerado uma evolução dos conceitos de IaaS (Infraestrutura como serviço), PaaS (Plataforma como serviço) e SaaS (Software como serviço) e estaria se aproximando do topo do hype cycle (peak of expections), segundo a Gartner Group.
Na verdade, o conceito de computação em “nuvem” vem se aprimorando ao longo do tempo, mas essencialmente refere-se à mesma ideia básica: processar aplicações e armazenar os dados fora do ambiente corporativo.
A virtualização é o elemento chave desta nova forma de computação. A ideia é que as máquinas virtuais possam rodar em qualquer parte da “nuvem”, buscando a otimização do ambiente em relação ao uso dos recursos.
Virtualização
O que é a virtualização? É o processo que permite a execução de vários SO operando em um único Servidor ou Desktop, através do compartilhamento de hardware. É a junção de ambientes operacionais físicos e virtualizados, através da transformação de hardware em software.
A virtualização tem chamado bastante atenção entre as organizações que buscam enfrentar os desafios de melhorar a eficiência de suas operações de TI e aprimorar a capacidade de reação frente às condições e cenários tecnológicos que sofrem constante alteração.
Originalmente enfocado em consolidar recursos no centro de dados, a virtualização agora possui aplicações por toda a área de alcance do TI, reduzindo custos e aumentando a agilidade.
Ao invés de agregar várias camadas – o sistema operacional ao hardware, a aplicação ao sistema operacional e a interface do usuário à máquina local – a virtualização relaxa a relação direta que essas partes têm umas com as outras. E isto gera muitas oportunidades, bem como desafios para a TI. Por exemplo, o sistema operacional pode ser dissociado do hardware físico que o executa usando a virtualização de hardware (incluindo virtualização de servidor e virtualização de desktop), enquanto a virtualização de Aplicação permite uma dissociação análoga entre o sistema operacional e a aplicação que o utiliza. Da mesma forma, a virtualização da apresentação permite a separação da interface do usuário de uma aplicação da máquina física onde a aplicação é executada. Isso possibilita a execução de uma aplicação em um local enquanto ela é controlada em outro.
Os sistemas de TI exigem volumes de energia sempre maiores para alimentar soluções cada vez mais robustas. Os arquitetos projetam sistemas com elementos de processamento e dependências significativamente mais e mais complexos. Além disso, o consumo de energia dos servidores físicos tem aumentado substancialmente nos últimos 5 anos.
Hoje, o maior desafio que o ambiente enfrenta é o aquecimento global, causado pelas emissões de carbono.
De acordo com relatório emitido pela Energy Information Administration, cerca de 98% das emissões de CO2 (ou 87% de todas as emissões equivalentes a CO2 de todos os gases do efeito estufa) podem ser diretamente atribuídos ao consumo de energia. Para representar um modelo de maturidade verde para a virtualização apresentamos a seguinte tabela:
Modelo de maturidade verde para a virtualização.
A energia é um recurso caro e cada vez mais escasso. Esta realidade continuará a ter efeitos profundos no modo como as soluções de TI são criadas, implantadas e usadas, particularmente no nível da central de dados. Enquanto a virtualização e outras tecnologias que economizam energia conseguem solucionar parte do problema, a virtualização de aplicativos inerentemente ineficientes apresenta limites óbvios.
É possível apresentar padrões para aplicar a “TI Verde” usando a virtualização:
Em Servidores:
- consolidação de workloads para utilização mais eficiente de recursos;
- redução de custos operacionais;
- provisionamento de recursos mais ágil;
- melhoria de uptime e disponibilidade;
- robustez na recuperação;
- redução do impacto de manutenção.
Em Desktops:
- criação de ambiente de Sistema Operacional isolado em desktop padrão;
- suporte a aplicações legadas em Sistemas Operacionais atuais;
- redução de conflitos entre aplicações e sistemas operacionais;
- aceleração da migração de sistemas operacionais.
Aplicações:
- desacoplamento das aplicações e do SO do desktop, “deliver on demand”;
- redução de conflitos entre aplicações;
- redução do tempo de testes de regressão;
- gerenciamento centralizado de atualizações e correções.
Apresentação:
- redução de conflitos entre aplicações e sistemas operacionais;
- reforço de confidencialidade e 'compliance';
- redução dos custos de administração de desktops.
A virtualização reduz custos com melhor aproveitamento dos recursos
Normalmente, as cargas dos servidores consomem somente uma fração de sua capacidade desperdiçando hardware, espaço e energia. Através da virtualização, estes recursos podem ser consolidados em menos servidores, economizando recursos e aumentando a disponibilidade.
O hardware dos clientes pode ter menor poder de processamento. Além disso, a virtualização permite o gerenciamento através da distribuição de aplicações e de correções e atualizações. E permite ainda, agilidade atrelada à produtividade através do acesso à rede de qualquer lugar e de qualquer máquina.
Veja também o artigo sobre Computacao nas nuvens, riscos e praticidade.
Muito bom.
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