A força do Setor Financeiro e Economia Nacional

O Brasil tem sido palco de entrada de capital estrangeiro, capital este que tem prejudicado a nossa balança comercial. Prejudicado no sentido de depreciação da moeda americana em relação ao real, levando a redução das nossas exportações e aumento das nossas importações. À longo prazo, nossa conta de rendas no balanço de pagamentos estará em déficit; o governo antevendo isso, utilizou uma série de políticas na tentativa de depreciar a moeda nacional .


O Governo tem tido uma posição de contenção da inflação através de políticas como: aumento da taxa básica de juros, aumento de impostos sobre produtos estrangeiros e recentemente a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou o aumento de tributos sobre automóveis importados. Essas políticas fiscais têm como objetivo valorizar o produto nacional ante o produto estrangeiro. Todos esses movimentos, deve-se pela apreciação da moeda brasileira perante o dólar.

Os gastos públicos de R$ 50 bilhões em 2010, o crédito fácil, a entrada de capital estrangeiro direto e indireto, entre outros fatores fizeram com que houvesse muita liquidez de moeda na Economia. O Banco Central “enxugou” o excesso de dólar no mercado com o objetivo de desvalorizar a moeda americana e desacelerar o consumo por produtos estrangeiros. O dólar continua depreciado e segundo analistas a moeda americana se apreciará no segundo semestre de 2011. O Banco Central aumentou a taxa de juros para 12% a.a., aumentou as reservas compulsórias “freando” o consumo e o investimento, conseqüentemente com a finalidade de deixar a inflação nas metas estabelecidas pelo Conselho de Política Monetária (Copom).

O setor financeiro da economia é um setor privilegiado, sobretudo por ter ajuda do governo. O que os leigos em Economia desconhecem, é esse papel fundamental do Governo de salvarem os bancos em momentos de crises. Quando o setor financeiro é acometido com alguma crise e o Governo não intervém, a crise chega ao setor produtivo, além de levarem consigo outras instituições financeiras devido à alavancagem interbancária. A crise se generaliza e a situação da economia do país pode ficar crítica, podendo até recorrer a programas de recuperação no FMI e Banco Mundial. Com o objetivo de salvar os bancos, foi constituído o Fundo Garantidor de Crédito que salva os bancos em dificuldades financeiras, mas é claro que o Fundo exige da entidade beneficiada algumas políticas e sindicância interna para apuração de tais rombos e/ou crises.

O Setor Financeiro do País possui um valor de mercado de R$ trilhões aproximadamente 15% do PIB dos EUA. Sem a presença do governo na condução de políticas de combate a superinflação, mergulharíamos numa era negra já vista por todos nós brasileiros antes do Plano Real.
Hoje possuímos uma economia robusta com bilhões de dólares em reservas e crescimento sustentável, tentando ao máximo expurgar o fantasma da inflação que nos assombrara durante décadas.

Douglas Dourado

Nenhum comentário:

Postar um comentário